sábado, 21 de março de 2020

Coronavírus e a sua saúde mental




Coronavírus é, sim, uma situação grave, e sim, merece sua vigilância e atenção. No entanto, a torrente constante de informação, precauções e avisos, sejam diretamente dos órgãos de saúde ou de algum post recirculado e de fonte duvidosa no Facebook, podem realmente afetar a sua saúde mental.
Quando o cuidado vira exagero? Onde se cruza a linha entre estar bem informado e, bem, informação demais?
A boa notícia é que existe um meio-termo entre conscientemente ignorar o maior acontecimento no mundo atual e entrar em pânico total. Aqui estão algumas dicas. Pense nelas como lavar as mãos e distanciamento social, mas para o seu cérebro.
Filtre suas fontes de informação: "Tem um monte de informação por aí. O desafio é tentar determinar quais dessas informações são verdadeiras", diz Lynn Bufka, diretora de pesquisa e diretrizes na Associação Americana de Psicologia. Ela sugere controlar a dosagem de informações seguindo esses passos:
1) Encontre algumas fontes que você confia e mantenha-se a elas. Escolha uma fonte nacional ou internacional, como o Ministério da Saúde e alguma outra mídia local para que você saiba o que está acontecendo na sua comunidade.
2) Limite a frequência de atualização. As coisas podem estar mudando rapidamente, mas isso não significa que você precisa estar pendurado esperando cada novidade. Pense nisso desta maneira: se tem um tornado vindo na sua direção, você precisa de informação o mais breve possível. O coronavírus não é como um tornado, você pode desativar notificações constantes de sites de notícia e redes sociais, se estão te causando mal.
3) Saiba quando se distanciar. "Tente se acostumar a não saber todos os detalhes e se sentir bem com a incerteza", diz Bufka. Ela recomenda deixar o celular longe para não ficar tentado a checá-lo o tempo todo. Bufka diz que ela mantém o celular no carregador quando ela chega em casa para que não fique com ela constantemente, acenando com novas informações.
4) Pratique disciplina com as redes sociais. Não é fácil limitar o tempo que passamos nas redes sociais. Mas é provável que informações e comentários de seus amigos e colegas no seu feed do Facebook é mais incessante do que atualizações reais de empresas de notícias ou organizações de saúde. Bufka recomenda desinstalar aplicativos de redes sociais para que fique mais difícil acessar o conteúdo, ou usar ferramentas para limitar o uso.
Dê nome a seus medos: Uma pandemia é um vilão bastante abstrato, então pode ajudar sentar-se e refletir sobre quais ameaças específicas te preocupam. Você acha que vai pegar o coronavírus e morrer? "O medo da morte é um dos nossos medos existenciais mais profundos", diz Bufka. "Mas você tem que pensar do que é seu medo e o quanto ele é realista". Considere o seu risco pessoal e a probabilidade de você realmente entrar em contato com o vírus.
E, mesmo que seu maior medo se torne real e você ou alguém amado fique doente, você pode não ter pensado sobre o que vem em seguida. Sim, você pode contrair o vírus. Sim, você pode precisar de tratamento. Mas, por mais provável que seja, não é o fim do mundo. "Nós tendemos a superestimar a probabilidade de algo acontecer e subestimar nossa capacidade de lidar com esse acontecimento", diz Bufka.
Claro, você pode ter outros medos mais práticos. "Algumas pessoas podem se preocupar sobre o que aconteceria se eles tivessem que se isolar, ou se eles não puderem trabalhar. Eles imaginam se terão acesso a produtos e serviços essenciais para eles ou seus filhos", diz Bufka. "De novo, as pessoas tem habilidades maiores de lidar com dificuldades do que imaginam. Pense em um plano. Considere suas opções se você não pode trabalhar à distância. Você tem uma poupança? Você tem um sistema de apoio?". Estar preparado para seus medos ajuda a mantê-los do tamanho adequado.
Pense em além de si mesmo: Agir pode aplacar as nossas ansiedades, então você pode considerar o que você pode fazer para ajudar outros que podem ser mais afetados pela epidemia do que você. Trabalhadores das áreas médica, de serviços, entregas, restaurantes ou entretenimento podem ter seus sustentos cortados, ou terem de se colocar em perigo desnecessário. "Será importante para nós, como comunidades, pensar em como podemos apoiar esses indivíduos cujas vidas serão afetadas", diz Bufka. "Como podemos aliviar esse fardo e prestar auxílio àqueles que têm menos opções?".
No final, a maior parte das precauções para conter a transmissão do vírus não é só para você, como indivíduo. Elas são pensadas para manterem a segurança de comunidades inteiras e grupos de risco. Fazer o mesmo pode ajudar você a ver os efeitos reais da situação, ao invés de seus medos abstratos.
Procure ajuda, mas de maneira sensata: As pessoas irão falar. Mas, se você quer correr até um amigo para discutir os últimos casos confirmados ou os planos de contingência da sua família, tente não criar eco. "Se você está se sentindo ansioso ou sobrecarregado, não vá, necessariamente, até alguém que está sentindo o mesmo nível de medo", diz Bufka. "Procure alguém que está lidando com isso de maneira diferente, que pode checar seus sentimentos e oferecer conselhos".
Se você não está conseguindo controlar seus pensamentos, ajuda profissional pode ser uma opção. "Não precisa ser uma coisa a longo prazo", aconselha Bufka. Pode ser só uma orientação para essa situação específica".  
Preste atenção a suas necessidades básicas: Resumindo, não fique tão preocupado com o coronavírus ao ponto de esquecer as práticas essenciais e saudáveis que afetam seu bem-estar diário. "Em tempos de estresse, nós tendemos a minimizar a importância da nossa rotina, quando nós deveríamos estar prestando mais atenção nisso, na verdade", ressalta Bufka. Certifique-se de que está:
- Dormindo adequadamente
- Mantendo uma alimentação saudável
- Saindo de casa tanto quanto possível
- Fazendo atividade física regularmente
Praticar manter-se consciente, meditação, ioga ou outras formas de cuidado pessoal podem também te ajudar a centrar-se nas suas rotinas e cotidiano, e evitar que sua mente vagueie ao desconhecido sombrio e, muitas vezes, irracional.
Não se repreenda por se preocupar: Finalmente, não deixe que a culpa se torne uma companheira indesejada para sua ansiedade. Você tem o direito de se preocupar e de se sentir mal. Quando discutimos como falar com crianças sobre o coronavírus, especialistas de saúde disseram à CNN que as pessoas devem reconhecer os medos da criança e deixá-la saber que seus sentimentos são válidos. Essa mesma compaixão deve ser oferecida a você mesmo. A chave é trabalhar para entender e contextualizar seus medos para que eles não te impeçam de viver sua vida de maneira saudável.


Fonte: https://cnnbrasil.com.br/, visita em 17.03.20 (com adequações).


quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Dica de filme - A Cura (The Cure, 1995)





Esse é um filme emocionante...

Um menino enfrenta a barreira do preconceito e fica muito amigo de um soropositivo (portador do HIV). Os dois, movidos por um laço de amizade, começam uma jornada longa: a busca pela cura da AIDS. O filme começa com episódios marcados pelo preconceito e termina com uma lição muito forte de empatia, amizade e amor. 

Vale a pena conferir: Clique aqui!

Foto: Google imagens








Operação com números fracionários

Normalmente, encontramos no dia a dia algumas situações em que devemos fazer cálculos envolvendo números naturais (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6...). Agora vamos falar das operações com números fracionários.

Antes, lembre-se: o número de cima é o NUMERADOR; o de baixo é o DENOMINADOR.

Observe: 3/4   >>>>>>>>>> O 3 é o numerador e o 4 é o denominador.

Vamos entender:

Adição e Subtração de números fracionários
  • Quando tiverem o mesmo denominador, devemos repeti-lo e operar somente com o numerador.

Exemplos: 

2/4 + 1/4 = 3/4

3/6 - 1/6 = 2/6
  • Quando tiverem denominadores diferentes, devemos tirar o m.m.c., dividir pelo antigo denominador  e multiplicar pelo numerador (dividimos pelo de baixo e multiplicamos pelo de cima).

Ex.: 

2/3 + 1/2 = 7/6

Multiplicação de números fracionários

Simplesmente multiplicamos numerador por numerador e denominador por denominador.

Ex.:

1/2 x 2/5 = 2/10

Divisão de números fracionários

A divisão deve ser transformada numa multiplicação. Multiplicamos a primeira fração pelo inverso da segunda.

Ex.:

2/4 : 1/3  vira multiplicação com a segunda fração invertida: 2/4 x 3/1. O resultado fica 6/4

Os 100 erros mais comuns em Língua Portuguesa

1 - "Mal cheiro", "mau-humorado". Mal opõe-se a bem e mau, a bom. 
Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar. 

2 - "Fazem" cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal. 
Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias. 

3 - "Houveram" muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável. 
Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais. 

4 - "Existe" muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural. 
Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam ideias. 

5 - Para "mim" fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: 
Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer. 

6 - Entre "eu" e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti. 
Entre mim e você. / Entre eles e ti. 

7 - "Há" dez anos "atrás". Há e atrás indicam passado na frase. 
Use apenas há dez anos   ou     dez anos atrás. 

8 - "Entrar dentro". O certo: entrar em. 
Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido. 

9 - "Venda à prazo". Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra 'moda'. 
Salto à (moda de) Luís XV. 
Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter. 

10 - "Porque" você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado. 
Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. 
Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado. 

11 - Vai assistir "o" jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes. 

12 - Preferia ir "do que" ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra. 
Preferia ir a ficar. 
É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória. 

13 - O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. 
Assim: 
O resultado do jogo não o abateu. 
Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias. 

14 - Não há regra sem "excessão". O certo é exceção. 
Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: "paralizar" (paralisar), "beneficiente" (beneficente), "xuxu" (chuchu), "previlégio" (privilégio), "vultuoso" (vultoso), "cincoenta" (cinqüenta), "zuar" (zoar), "frustado" (frustrado), "calcáreo" (calcário), "advinhar" (adivinhar), "benvindo" (bem-vindo), "ascenção" (ascensão), "pixar" (pichar),  "impecilho" (empecilho), "envólucro" (invólucro). 

15 - Quebrou "o" óculos. Concordância no plural: 
Os óculos, meus óculos. 
Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias. 

16 - Comprei "ele" para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: 
Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me. 

17 - Nunca "lhe" vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto. 
Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama. 

18 - "Aluga-se" casas. O verbo concorda com o sujeito. 
Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.
É aceitável considerar o "sujeito oculto e indefinido"; ou seja "Alguém aluga casas" / "Alguém (ou aqui se) faz consertos".

19 - "Tratam-se" de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos. 
Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos. 

20 - Chegou "em" São Paulo. Verbos de movimento exigem "a", e não "em". 
Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo. 

21 - Atraso implicará "em" punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor. 
Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade. 

22 - Vive "às custas" do pai. O certo: Vive à custa do pai. 
Use também em via de, e não "em vias de": Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão. 

23 - Todos somos "cidadões". O plural de cidadão é cidadãos. 
Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres. 

24 - O ingresso é "gratuíto". A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). 
Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo. 

25 - A última "seção" de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função. 
Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso. 

26 - Vendeu "uma" grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. 
Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc. 

27 - "Porisso". Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de. 

28 - Não viu "qualquer" risco. É nenhum, e não "qualquer", que se emprega depois de negativas. 
Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão. 

29 - A feira "inicia" amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura. 
A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã.

30 - Soube que os homens "feriram-se". O que atrai o pronome. 
Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou... 
O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto... / Como as pessoas lhe haviam dito... / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro. 

31 - O peixe tem muito "espinho". Peixe tem espinha. 
Veja outras confusões desse tipo: O "fuzil" (fusível) queimou. / Casa "germinada" (geminada), "ciclo" (círculo) vicioso, "cabeçário" (cabeçalho). 

32 - Não sabiam "aonde" ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. 
Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos? 

33 - "Obrigado", disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa. 
"Obrigada", disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo. 

34 - O governo "interviu". Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. 
Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc. 

35 - Ela era "meia" louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga. 

36 - "Fica" você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui. 

37 - A questão não tem nada "haver" com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. 
Da mesma forma: Tem tudo a ver com você. 

38 - A corrida custa 5 "real". A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais. 

39 - Vou "emprestar" dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo. 
Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. 
Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas. 

40 - Foi "taxado" de ladrão. Tachar é que significa acusar de. 
Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano. 

41 - Ele foi um dos que "chegou" antes. Um dos que faz a concordância no plural. 
Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória. 

42 - "Cerca de 18" pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos. 
Cerca de 20 pessoas o saudaram. 

43 - Ministro nega que "é" negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como 'embora' e 'talvez'. 
Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente negar, vai deixar a empresa. 

44 - Tinha "chego" atrasado. "Chego" não existe. 
O certo: Tinha chegado atrasado. 

45 - Tons "pastéis" predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia. 
Parede em tons (na cor) pastel./ Seção de blusas (na cor) rosa... de gravatas cinza, camisas creme.
Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas. 

46 - Lute pelo "meio-ambiente". Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. 

47 - Queria namorar "com" o colega. O com não existe. Certo: Queria namorar o colega. 

48 - O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF. 
Igualmente: O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não "junto ao") banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon. 

49 - As pessoas "esperavam-o". Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e na. 
As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos. 

50 - Vocês "fariam-lhe" um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: 
Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca "imporá-se"). / Os amigos nos darão (e não "darão-nos") um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo "formado-me"). 

51 - Chegou "a" duas horas e partirá daqui "há" cinco minutos. Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz). 
Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias. 

52 - Blusa "em" seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita. 
Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.

53 - A artista "deu à luz a" gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz quíntuplos. 
Também é errado dizer: Deu "a luz a" gêmeos. 

54 - Estávamos "em" quatro à mesa. O em não existe. 
Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala. 

55 - Sentou "na" mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador. 

56 - Ficou contente "por causa que" ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu. 

57 - O time empatou "em" 2 a 2. A preposição é por. 
O time empatou por 2 a 2. 
Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por. 

58 - À medida "em" que a epidemia se espalhava... O certo é: À medida que a epidemia se espalhava... 
Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem. 

59 - Não queria que "receiassem" a sua companhia. O i não existe. 
Não queria que receassem a sua companhia. 
Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando a tônica cai no "e" que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam). 

60 - Eles "tem" razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. 
O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem. 

61 - A moça estava ali "há" muito tempo. Haver concorda com estava. 
Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.) 

62 - Não "se o" diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. 
Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc. 

63 - Acordos "políticos-partidários". Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia. acordos político-partidários. 

64 - "Independente" do resultado de hoje, o time será alterado nas finais. Correto: Independentemente do resultado de hoje, o time será alterado nas finais. Erro comum na língua portuguesa substituir o advérbio de modo por um adjetivo. Outros exemplos: A menina foi para a casa "direto" (diretamente).  / Os fiéis caminhavam rápido (rapidamente), durante a procissão. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas. 

65 - Andou por "todo" país. Todo o (ou a) é que significa inteiro. 
Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. 
Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos. 

66 - "Todos" amigos o elogiavam. No plural, todos exige os. 
Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto. 

67 - Favoreceu "ao" time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita ª 
Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores. 

68 - Ela "mesmo" arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável. 
Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.

69 - Chamei-o e "o mesmo" não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo. 
Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não "dos mesmos"). 

70 - Vou sair "essa" noite. É este que desiga o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20). 

71 - A temperatura chegou a 0 "graus". Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora. 

72 - A promoção veio "de encontro aos" seus desejos. Ao encontro de é que expressa uma situação favorável: A promoção veio ao encontro dos seus desejos. 
De encontro a significa condição contrária: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi contra) expectativas da categoria. 

73 - Comeu frango "ao invés de" peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. 
Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu. 

74 - Se eu "ver" você por aí... O certo é: Se eu vir, revir, previr. 
Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos. 

75 - Ele "intermedia" a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. 
Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio. 

76 - Ninguém se "adequa". Não existem as formas "adequa", "adeqüe", etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc. 

77 - Evite que a bomba "expluda". Explodir só tem as pessoas em que depois do d vêm e e i: Explode, explodiram, etc. 
Portanto, não escreva nem fale "exploda" ou "expluda", substituindo essas formas por rebente, por exemplo. 
Precaver-se também não se conjuga em todas as pessoas. Assim, não existem as formas "precavejo", "precavês", "precavém", "precavenho", "precavenha", "precaveja", etc. 

78 - Governo "reavê" confiança. Equivalente: Governo recupera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em que este tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não existem "reavejo", "reavê", etc. 

79 - Disse o que "quiz". Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr. 
Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos. 

80 - O homem "possue" muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. 
Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, atenue. 

81 - A tese "onde"... Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. 
Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa idéia. / O livro em que... / A faixa em que ele canta... / Na entrevista em que... 

82 - Já "foi comunicado" da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém "é comunicado" de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria "comunicou" os empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos empregados. 

83 - Venha "por" a roupa. Pôr, verbo, tem acento diferencial (não tem mais): Venha pôr a roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. 
Veja outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), pára (verbo parar), péla (bola ou verbo pelar), pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam o sinal, no entanto: Ele, toda, ovo, selo, almoço, etc. 

84 - "Inflingiu" o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. 
 Infligir (e não "inflingir") significa impor: Infligiu séria punição ao réu. 

85 - A modelo "pousou" o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. 
Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito). 

86 - Espero que "viagem" hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. 
Evite também "comprimentar" alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado). 

87 - O pai "sequer" foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa. 
O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar. 

88 - Comprou uma TV "a cores". Veja o correto: 
Comprou uma TV (com imagem) em cores (não se diz TV "a" preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores. 

89 - "Causou-me" estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras. 
Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. 
Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não "foi iniciado" esta noite as obras). 

90 - A realidade das pessoas "podem" mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. 
Por isso : A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não "foram punidas"). 

91 - O fato passou "desapercebido". Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido. 

92 - "Haja visto" seu empenho... A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas. 

93 - A moça "que ele gosta". Como se gosta de, o certo é: A moça de quem (para pessoas) ele gosta. 
Igualmente: O dinheiro de que (para coisas) dispõe/ o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc. 

94 - É hora "dele" chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo. 
É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado... / Depois de esses fatos terem ocorrido... 

95 - Vou "consigo". Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. 
Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não "para si"). 

96 - Já "é" 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam. 
Já são 8 horas. / Já é (e não "são") 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite. 

97 - A festa começa às 8 "hrs.". As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. 
Assim: 8 h, 2 km (e não "kms."), 5 m, 10 kg. 

98 - "Dado" os índices das pesquisas... A concordância é normal. 
Dados os índices das pesquisas... / Dado o resultado... / Dadas as suas idéias... 

99 - Ficou "sobre" a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. 
Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. 
E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás. 

100 - "Ao meu ver". Não existe artigo nessas expressões. 
A meu ver, a seu ver, a nosso ver. 


                       
Texto extraído (íntegra) de: https://www.amigosdolivro.com.br

sábado, 26 de maio de 2018

80 anos do livro Vidas Secas

Vidas Secas, o retrato do Nordeste pintado por Graciliano Ramos e um dos romances mais celebrados e estudados de nossa literatura, completa 80 anos.





Resumo do livro: Clique aqui!

Livro em PDF: Clique aqui!

Análise: Clique aqui!

10 sites para estudar História, Geografia e Filosofia

Portais, fóruns e redes sociais ajudam a ir além do conteúdo dos livros. Muito além das buscas no Google e na Wikipédia, sites e redes sociais podem ser úteis para complementar o conteúdo dos livros didáticos ou simplesmente ajudar a dar aquela atualizada. Quer encontrar informações sobre algum país longínquo? Sites especializados são o melhor lugar para conseguir dados quentinhos. Para começar sua viagem de estudos virtuais, o Guia do Estudante preparou uma lista de fontes confiáveis, atualizadas e divertidas.

HISTÓRIA

Às vezes a história pode parecer estática, mas não é mesmo. A cada dia surgem novos estudos que questionam antigas versões dos acontecimentos mais importantes para a humanidade. Unindo gente com pontos de vista diferentes, textos e vídeos de qualidade, a internet pode ajudar a aprofundar a disciplina.

A rede social Café História é um bom ponto de encontro com historiadores, estudantes e curiosos para discutir temas relacionados à disciplina. Como em qualquer rede social, dá para fazer amizades, mandar e responder perguntas, enquetes e ajudar a incendiar os fóruns de discussão. O site tem também vídeos, entrevistas e blogs com várias dicas de livros dadas pelos membros da rede.

O canal History Channel disponibiliza vídeos com discursos de grandes líderes mundiais e documentários sobre os acontecimentos mais importantes de todos os tempos. Diariamente é publicado um vídeo relacionado ao fato mais marcante daquele dia do mês em anos anteriores.

Para completar, publicações como a revista Aventuras na História trazem uma visão crítica e atualizada de alguns dos temas mais cobrados nos vestibulares do país. Confira o guia sobre as cruzadas, uma matéria sobre o Brasil Imperial ou ainda a que conta tudo sobre a Grécia Antiga.


GEOGRAFIA

Na internet, fica muito mais interessante estudar a disciplina que investiga o espaço terrestre e as interações humanas com o planeta. Além dos mapas do Google, que fazem o internauta caminhar por terrenos desconhecidos, há uma série de sites com informações atualizadas sobre qualquer território ou população.

Se você precisa de dados atualizados sobre qualquer país (população, território, língua nacional), a dica é acessar o site da CIA, The World Factbook. A agência de inteligência americana mantém, em inglês, um guia completo e atualizado de todos os países do mundo. Lá você descobre, por exemplo, que a área total da China é de mais de 9 milhões de quilômetros quadrados e que o país com a maior taxa de mortalidade do mundo é a Suazilândia, na África: mais de 30 a cada mil habitantes, anualmente.

Para informações sobre o Brasil, o site do IBGE é um oráculo. Na área “IBGE Teen”, há pesquisas e informações estatísticas em textos e gráficos simplificados. Dados sobre economia, população e sociedade brasileira, território e recursos naturais são atualizados on-line a cada nova pesquisa.

Já a Biblioteca Digital Mundial, lançada pela UNESCO no início desse ano, traz mapas e artigos gratuitos sobre vários países em diversas línguas
FILOSOFIA

A disciplina que estuda correntes de pensamento e instiga o amor à sabedoria passou a ser obrigatória para o Ensino Médio a partir de 2007. Na web, dá para estudar as mais diversas escolas em textos simples e discutir pensamentos clássicos com uma pegada bem atual.

Para descolar artigos, resumos, resenhas de livros e biografias de filósofos e pensadores antigos e contemporâneos, uma boa dica é o site Consciência. Entre uma teoria filosófica e outra, há também um fórum bem movimentado com discussões que vão de política aos rumos da religião.

Você sabe o que é epicurismo? A revista Superinteressante publicou um dicionário de filosofia que pode ajudar a entender de termos básicos como dialética a outros um pouco mais complicados, como os fundamentos da escola surgida dos ensinamentos de Epicuro (340-270 a.C.), para quem o ideal do bem é viver sem medo e sem dor, aproveitando o dia de hoje.

Quer entender o que é filosofia escolástica? O site da revista Mundo Estranho também tem resposta para essa e outras perguntas filosóficas.

Para quem lê bem em inglês, vale a pena acompanhar as ideias que os melhores cientistas e pensadores do mundo discutem no site da fundação americana Edge.


Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br
  

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

O que é Ludicidade?


Há muitas conceituações para ludicidade, algumas contradições e até confusões. Não é meu objetivo discuti-las aqui, e sim apresentar uma possibilidade de compreender o lúdico. Para traçar os contornos de como o considero, aproprio-me da conceituação de alguns estudiosos desse tema.
O primeiro aspecto a destacar é que as atividades lúdicas não se restringem ao jogo e à brincadeira, mas incluem atividades que possibilitam momentos de prazer, entrega e integração dos envolvidos. Segundo Luckesi(2), são aquelas que propiciam uma experiência de plenitude, em que nos envolvemos por inteiro, estando flexíveis e saudáveis. Para Santin(3), são ações vividas e sentidas, não definíveis por palavras, mas compreendidas pela fruição, povoadas pela fantasia, pela imaginação e pelos sonhos que se articulam como teias urdidas com materiais simbólicos. Assim elas não são encontradas nos prazeres estereotipados, no que é dado pronto, pois, estes não possuem a marca da singularidade do sujeito que as vivencia.
Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própria ação, o momento vivido. Possibilita a quem a vivencia, momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro, momentos de vida, de expressividade.
Uma aula com características lúdicas não precisa ter jogos ou brinquedos. O que traz ludicidade para a sala de aula é muito mais uma “atitude” lúdica do educador e dos educandos. Assumir essa postura implica sensibilidade, envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa, implica não somente uma mudança cognitiva, mas, principalmente, uma mudança afetiva. A ludicidade exige uma predisposição interna, o que não se adquire apenas com a aquisição de conceitos, de conhecimentos, embora estes sejam muito importantes. Uma fundamentação teórica consistente dá o suporte necessário ao professor para o entendimento dos porquês de seu trabalho. Trata-se de ir um pouco mais longe ou, talvez melhor dizendo, um pouco mais fundo. Trata-se de formar novas atitudes, daí a necessidade de que os professores estejam envolvidos com o processo de formação de seus educandos. Isso não é tão simples, pois, implica romper com um modelo, com um padrão já instituído, já internalizado.
A escola tradicional, centrada na transmissão de conteúdos, não comporta um modelo lúdico. Por isso é tão frequente ouvirmos falas que apoiam e enaltecem a importância do lúdico estar presente na sala de aula, e queixas dos futuros educadores, como também daqueles que já se encontram exercendo o magistério, de que se fala da importância da ludicidade, se discutem conceitos de ludicidade, mas não se vivenciam atividades lúdicas. Fala-se, mas não se faz. De fato não é tão simples uma transformação mais radical pelas próprias experiências que o professor tem ao longo de sua formação acadêmica.
Como bem observa Tânia Fortuna, em uma sala de aula ludicamente inspirada, convive-se com a aleatoriedade, com o imponderável; o professor renuncia à centralização, à onisciência e ao controle onipotente e reconhece a importância de que o aluno tenha uma postura ativa nas situações de ensino, sendo sujeito de sua aprendizagem; a espontaneidade e a criatividade são constantemente estimuladas(4).
Podemos observar que essas atitudes, de um modo geral, não são, de fato, estimuladas na escola. Como afirmei em um texto recente, “as atividades lúdicas permitem que o indivíduo vivencie sua inteireza e sua autonomia em um tempo-espaço próprio, particular. Esse momento de inteireza e encontro consigo mesmo gera possibilidades de autoconhecimento e de maior consciência de si”(5).
Considero como lúdicas as atividades que propiciem a vivência plena do aqui-agora, integrando a ação, o pensamento e o sentimento. Tais atividades podem ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que possibilite instaurar um estado de inteireza: uma dinâmica de integração grupal ou de sensibilização, um trabalho de recorte e colagem, uma das muitas expressões dos jogos dramáticos, exercícios de relaxamento e respiração, uma ciranda, movimentos expressivos, atividades rítmicas, entre outras tantas possibilidades. Mais importante, porém, do que o tipo de atividade é a forma como é orientada e como é experienciada, e o porquê de estar sendo realizada. Ela deve permitir que cada um possa se expressar livre e solidariamente, que as couraças, bloqueios que se estabelecem, possam ser flexibilizadas e que haja um maior fluxo de energia.
A espontaneidade do indivíduo, sua autoexpressão e criatividade são bloqueadas quando ocorre a contenção da bioenergia, isto é, da energia vital que circula em nosso organismo através da corrente sanguínea e de outros fluidos energéticos como a linfa e os fluidos intracelulares. Mas este fluxo energético pode ser restabelecido através da mobilização da energia estagnada. Para que este processo seja entendido, trago algumas questões básicas da teoria reicheana, que nos permitem a compreensão dos bloqueios e desbloqueios da energia, que constituem a base para uma prática educativa lúdica.



Bibliografia

2 LUCKESI, Cipriano Carlos. Educação, ludicidade e prevenção das neuroses futuras: uma proposta pedagógica a partir da Biossíntese. In: LUCKESI, Cipriano Carlos (org.) Ludopedagogia – Ensaios 1: Educação e Ludicidade. Salvador: Gepel, 2000.
3 SANTIN, Silvino. Educação física: da opressão do rendimento à alegria do lúdico. Porto Alegre: Edições EST/ESEF – UFRGS, 1994.
4 FORTUNA, Tânia Ramos. Formando professores na Universidade para brincar. In: SANTOS, Santa Marli P.dos (org.). A ludicidade como ciência. Petrópolis: Vozes, 2001, p.116.
5 PEREIRA, Lucia Helena P. Ludicidade: algumas reflexões. In: PORTO, Bernadete de Souza (org.). Ludicidade: o que é mesmo isso? Salvador: Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Gepel, 2002, p.17.
6 REICH, Wilhelm. A função do orgasmo. Problemas econômico-sexuais da energia biológica. Tradução de Maria da Glória Novak. 19 ed. São Paulo: Brasiliense, 1995, p.256.
7 REICH, Wilhelm. Análise do caráter. Tradução de Ricardo Amaral do Rego. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
8 REICH, 1995, p. 245-246.
9 KELEMAN, Stanley. Anatomia emocional: a estrutura da experiência. Tradução de Myrthes Suplicy Vieira. 3 ed. São Paulo: Summus, 1992, p.77.
10 Motilidade corporal é o fluxo interno, diferente do movimento, que se manifesta externamente; “é a vitalidade do padrão pulsátil, a força e a intensidade das pulsações dos órgãos que dão energia e identidade pessoal” (KELEMAN,1992, p.42).
11 REICH, 1995, p.255.
12 LOWEN, Alexander. Medo da vida. Tradução de Maria Sílvia Mourão Netto. São Paulo: Summus, 1989, p.81-82.
13 LOWEN, 1989, p.114.
14 LOWEN, 1989.
15 LOWEN, Alexander. Prazer. Uma abordagem criativa da vida. Tradução de Ibanez de Carvalho Filho. 6 ed. São Paulo: Summus, 1984.
16 LOWEN, 1984, p.29.
17 BOADELLA, David. Correntes da vida. Uma introdução à Biossíntese. Tradução de Cláudia Soares Cruz. 2 ed. São Paulo: Summus, 1992, p.11.


FONTE:
http://www.fw2.com.br/clientes/artesdecura/REVISTA/corpo_terapia/bioexpressao.htm



quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Se não ou senão?


  • SENÃO - do contrárioa não serexcetomas sim.
Exs.: Ninguém senão os dois baixinhos enfrentaram a situação.
         Devemos fazer as tarefas no prazo, senão seremos marcados pelo professor.


  • SE  NÃO - caso não ou ainda  ou.
Exs.: Se não chover,  poderemos ir à praia. Passa a ideia de CONDIÇÃO para que algo aconteça.
         O jogo será amanhã à noite, se não ocorrer nenhum imprevisto.


Complete as frases com se não ou senão:
1.A funcionária nada fazia ____________telefonar continuamente.
2.Os sem-terra nada fizeram, _____________reclamar os seus direitos.
3.Não teremos reajuste no salário, _____________houver mais inflação.
4.Acompanhe-o até à porta, ____________ ele se perderá nestes corredores.
5.A dívida deveria ser saldada, ___________ os bens seriam confiscados.
6.____________ conseguir apoio dos empresários, o governo não terá sucesso.
7.Hoje o júri se reúne novamente para sua decisão final,___________ amanhã.
8.As pessoas precisam evitar desperdício ____________ porão em risco a sobrevivência de outros.


Fonte: neonconcursos.com.br, com alteração.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Criança insegura: saiba o que provoca e o que fazer em relação a esse problema



A infância é a etapa do desenvolvimento em que os mais diversos sentimentos e emoções começam a ser experimentados, o que reflete em comportamentos que podem perdurar durante toda a vida, como é o caso da insegurança.
Uma criança insegura espelha uma série de motivações e condições vivenciadas em seu entorno, as quais podem ser evitadas pela conduta familiar.

Entenda e atue frente à insegurança infantil.

O que é a insegurança infantil

A insegurança sentida pela criança consiste em um estado emocional geralmente desencadeado pela percepção de sua vulnerabilidade ou incapacidade diante de uma situação ameaçadora ou alarmante. Ao ser confrontada com um estímulo desse tipo, a criança insegura considera que suas habilidades ou recursos são insuficientes para lidar com as demandas que a situação provoca, não se sentindo capaz de geri-las.

O fator que desencadeia a insegurança na criança pode ser real ou imaginário, levando ao temor pelo fracasso ou perdas, em sua maioria, afetivas. A insegurança infantil é comumente manifestada por medo, nervosismo, níveis mais elevados de ansiedade e agitação psicomotora.

Embora possa ter efeito protetor — na contenção de riscos e erros, por exemplo —, é um estado negativo, que leva a alterações comportamentais e sociais.

Causas da insegurança na criança

A compreensão das motivações da insegurança na criança permite à família auxiliar na recuperação da autoconfiança pelo infante, que, assim, tende a se sentir mais acolhido e querido no interior dos grupos sociais de que participa.

São diversas as causas desse estado emocional, as quais estão, em geral, associadas ao tipo de tratamento recebido pela criança e ao estilo educativo adotado pelos familiares. Atitudes como indiferença, desprezo, rejeição, abandono e ausência de demonstração de afeto repercutem de maneira negativa na formação do autoconceito e da autoestima da criança, fazendo com ela cresça se sentindo menos capaz e menos importante que os outros.

A superproteção é também uma causa relevante, já que tende a dificultar que ela acredite em si mesma, perceba seu potencial e consiga agir por conta própria.

Estratégias educativas baseadas no excesso de autoridade e severidade, elevada exigência, agressividade, falta de confiança e críticas excessivas podem arruinar o desenvolvimento da autonomia da criança.

Essas intervenções tendem a impedir que a criança tome as próprias decisões e gera, com o passar do tempo, sentimento de inferioridade, perda de autoconfiança e constante temor em fracassar.

Como lidar com uma criança insegura

Crianças precisam se sentir queridas e estimadas, principalmente, por sua família. No entanto, considerando as causas e manifestações da insegurança infantil, pode ser que a criança já tenha desenvolvido características desse estado emocional, sendo necessário lidar com ele e encontrar meios para reduzi-lo.

De modo geral, o diálogo com a criança, o tipo de atitude dos familiares e o fortalecimento socioemocional são os caminhos.Conversar com a criança sobre suas inseguranças, temores e falta de autoconfiança tende a ajudá-la a perceber suas potencialidades.

Além disso, é importante que a família aja em prol do desenvolvimento paulatino da autonomia da criança, delegando tarefas a ela e permitindo que crie sua própria independência, por meio da realização de atividades sem a intervenção direta dos familiares.

O manejo comportamental de uma criança insegura envolve a afetividade. Por isso, é fundamental que a família estabeleça e fortaleça vínculos afetivos no sentido de demonstrar à criança que ela é amada e valiosa, o que é feito por meio de ações de carinho, proteção moderada, estabilidade emocional e acolhimento.

Enfim, para eliminar a insegurança infantil, é preciso atacar as suas causas.


Fonte:escoladainteligencia.com

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Melhore seu vocabulário



Para construir um bom texto, expressar-se adequadamente ou mesmo ter alto poder de interpretação de texto, é essencial que tenhamos um bom vocabulário. Ter um vocabulário amplo é como ter um glossário de palavras e expressões dentro da própria cabeça. Mais do que conhecer vocábulos diferentes, é necessário saber empregá-los, saber seus sinônimos, descobrir qual se encaixa melhor na ideia que você quer passar. Mas, como ninguém nasce sabendo, o nosso vocabulário vai sendo formado ao longo da vida, e existem alguns meios de tornar o seu dicionário pessoal mais amplo e eficaz.

Ler muito

A leitura só traz benefícios, e com relação ao vocabulário não seria diferente. Ler é uma ótima forma de desenvolver o cérebro, a capacidade de interpretação, além de ajudar no armazenamento de informações importantes – e os vocábulos estão inclusos nessas informações importantes. O mais interessante é ler obras diferentes, veículos diferentes, para ter contato com diversos tipos de discurso e palavras. Por exemplo, ler obras clássicas nos coloca em contato com uma série de palavras que não fazem parte do nosso cotidiano – e isso nos torna capazes de compreender informações escritas das mais variadas formas.

Conversar com pessoas diferentes

A sua vivência  também pode contribuir para o enriquecimento do seu vocabulário. Relacionar-se com pessoas diferentes, com experiências e origens diferentes das suas te coloca em contato com vocábulos que não são comuns para você, e isso é enriquecedor.

Escrever bastante

Como qualquer outra atividade que exija desempenho da nossa memória, para manter o nosso vocabulário amplo em pleno funcionamento, é preciso utilizá-lo. E a melhor forma de fazer isso é escrevendo. Além de exercitar o que você já sabe, ao escrever você estimula o seu cérebro a compreender as derivações das palavras, utilizar sinônimos, além de fixar os vocábulos na memória.

Pesquisar

A pesquisa precisa ser constante. É importante saber o significado das palavras, as melhores aplicações, os sinônimos e, principalmente, a grafia correta das mesmas. Escrever corretamente é imprescindível.
Ter um bom vocabulário permite que você construa textos mais ricos, interessantes e fáceis de ler. Permite também que você seja mais eloquente, se expresse mais facilmente e consiga expor e defender seus pontos de vista. Leia, escreva, converse e pesquise, seu vocabulário agradece.


Por Gabriella Porto



Mensagem