A infância é a etapa do desenvolvimento em que os mais diversos sentimentos e emoções começam a ser experimentados, o que reflete em comportamentos que podem perdurar durante toda a vida, como é o caso da insegurança.
Uma criança insegura espelha uma série de motivações e condições
vivenciadas em seu entorno, as quais podem ser evitadas pela conduta
familiar.
Entenda e atue frente à insegurança infantil.
O que é a insegurança infantil
A insegurança sentida pela criança consiste em um estado
emocional geralmente desencadeado pela percepção de sua vulnerabilidade ou
incapacidade diante de uma situação ameaçadora ou alarmante. Ao ser confrontada com um estímulo desse tipo, a criança
insegura considera que suas habilidades ou recursos são insuficientes para
lidar com as demandas que a situação provoca, não se sentindo capaz de
geri-las.
O fator que desencadeia a insegurança na criança pode ser
real ou imaginário, levando ao temor pelo fracasso ou perdas, em sua maioria,
afetivas. A insegurança infantil é comumente manifestada por medo,
nervosismo, níveis mais elevados de ansiedade e
agitação psicomotora.
Embora possa ter efeito protetor — na contenção de riscos e
erros, por exemplo —, é um estado negativo, que leva a alterações
comportamentais e sociais.
Causas da insegurança na criança
A compreensão das motivações da insegurança na criança
permite à família auxiliar
na recuperação da autoconfiança pelo
infante, que, assim, tende a se sentir mais acolhido e querido no interior dos
grupos sociais de que participa.
São diversas as causas desse estado emocional, as quais
estão, em geral, associadas ao tipo de tratamento recebido pela criança e ao
estilo educativo adotado pelos familiares. Atitudes como indiferença, desprezo, rejeição, abandono e
ausência de demonstração de afeto repercutem de maneira negativa na formação do
autoconceito e da autoestima da
criança, fazendo com ela cresça se sentindo menos capaz e menos importante que
os outros.
A superproteção é
também uma causa relevante, já que tende a dificultar que ela acredite em si
mesma, perceba seu potencial e consiga agir por conta própria.
Estratégias educativas baseadas no excesso de
autoridade e severidade, elevada exigência, agressividade, falta de confiança
e críticas
excessivas podem arruinar o desenvolvimento da autonomia da criança.
Essas intervenções tendem a impedir que a criança tome as
próprias decisões e gera, com o passar do tempo, sentimento de inferioridade, perda
de autoconfiança e constante temor em fracassar.
Como lidar com uma criança insegura
Crianças precisam se sentir queridas e estimadas,
principalmente, por sua família. No entanto, considerando as causas e manifestações da
insegurança infantil, pode ser que a criança já tenha desenvolvido
características desse estado emocional, sendo necessário lidar com ele e
encontrar meios para reduzi-lo.
De modo geral, o
diálogo com a criança, o tipo de atitude dos familiares e o fortalecimento
socioemocional são os caminhos.Conversar com a criança sobre suas inseguranças,
temores e falta de autoconfiança tende a ajudá-la a perceber suas
potencialidades.
Além disso, é importante que a família aja em prol do
desenvolvimento paulatino da autonomia da criança, delegando tarefas a ela e
permitindo que crie sua própria independência, por meio da realização de
atividades sem a intervenção direta dos familiares.
O manejo comportamental de uma criança insegura envolve
a afetividade. Por isso, é fundamental que a família estabeleça e fortaleça
vínculos afetivos no sentido de demonstrar à criança que ela é amada e valiosa,
o que é feito por meio de ações de carinho, proteção moderada, estabilidade
emocional e acolhimento.
Enfim, para eliminar a insegurança infantil, é preciso
atacar as suas causas.
Fonte:escoladainteligencia.com
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