quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Criança insegura: saiba o que provoca e o que fazer em relação a esse problema



A infância é a etapa do desenvolvimento em que os mais diversos sentimentos e emoções começam a ser experimentados, o que reflete em comportamentos que podem perdurar durante toda a vida, como é o caso da insegurança.
Uma criança insegura espelha uma série de motivações e condições vivenciadas em seu entorno, as quais podem ser evitadas pela conduta familiar.

Entenda e atue frente à insegurança infantil.

O que é a insegurança infantil

A insegurança sentida pela criança consiste em um estado emocional geralmente desencadeado pela percepção de sua vulnerabilidade ou incapacidade diante de uma situação ameaçadora ou alarmante. Ao ser confrontada com um estímulo desse tipo, a criança insegura considera que suas habilidades ou recursos são insuficientes para lidar com as demandas que a situação provoca, não se sentindo capaz de geri-las.

O fator que desencadeia a insegurança na criança pode ser real ou imaginário, levando ao temor pelo fracasso ou perdas, em sua maioria, afetivas. A insegurança infantil é comumente manifestada por medo, nervosismo, níveis mais elevados de ansiedade e agitação psicomotora.

Embora possa ter efeito protetor — na contenção de riscos e erros, por exemplo —, é um estado negativo, que leva a alterações comportamentais e sociais.

Causas da insegurança na criança

A compreensão das motivações da insegurança na criança permite à família auxiliar na recuperação da autoconfiança pelo infante, que, assim, tende a se sentir mais acolhido e querido no interior dos grupos sociais de que participa.

São diversas as causas desse estado emocional, as quais estão, em geral, associadas ao tipo de tratamento recebido pela criança e ao estilo educativo adotado pelos familiares. Atitudes como indiferença, desprezo, rejeição, abandono e ausência de demonstração de afeto repercutem de maneira negativa na formação do autoconceito e da autoestima da criança, fazendo com ela cresça se sentindo menos capaz e menos importante que os outros.

A superproteção é também uma causa relevante, já que tende a dificultar que ela acredite em si mesma, perceba seu potencial e consiga agir por conta própria.

Estratégias educativas baseadas no excesso de autoridade e severidade, elevada exigência, agressividade, falta de confiança e críticas excessivas podem arruinar o desenvolvimento da autonomia da criança.

Essas intervenções tendem a impedir que a criança tome as próprias decisões e gera, com o passar do tempo, sentimento de inferioridade, perda de autoconfiança e constante temor em fracassar.

Como lidar com uma criança insegura

Crianças precisam se sentir queridas e estimadas, principalmente, por sua família. No entanto, considerando as causas e manifestações da insegurança infantil, pode ser que a criança já tenha desenvolvido características desse estado emocional, sendo necessário lidar com ele e encontrar meios para reduzi-lo.

De modo geral, o diálogo com a criança, o tipo de atitude dos familiares e o fortalecimento socioemocional são os caminhos.Conversar com a criança sobre suas inseguranças, temores e falta de autoconfiança tende a ajudá-la a perceber suas potencialidades.

Além disso, é importante que a família aja em prol do desenvolvimento paulatino da autonomia da criança, delegando tarefas a ela e permitindo que crie sua própria independência, por meio da realização de atividades sem a intervenção direta dos familiares.

O manejo comportamental de uma criança insegura envolve a afetividade. Por isso, é fundamental que a família estabeleça e fortaleça vínculos afetivos no sentido de demonstrar à criança que ela é amada e valiosa, o que é feito por meio de ações de carinho, proteção moderada, estabilidade emocional e acolhimento.

Enfim, para eliminar a insegurança infantil, é preciso atacar as suas causas.


Fonte:escoladainteligencia.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mensagem