quarta-feira, 21 de março de 2012

O, a, os, as ou lhe, lhes?

Os pronomes pessoais do caso reto não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele hoje"  e  "Encontraram ela nesse lugar" são comuns na língua falada, mas devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada.
Na língua formal (que segue padrões gramaticais), devemos  usar os pronomes oblíquos correspondentes como complementos verbais.
Exemplos:
Vi-o hoje


Encontrei-a nesse lugar

PRONOMES  PESSOAIS 




CASO RETO                                                                   OBLÍQUO                                                  
Eu .................................................................................... me, mim, comigo   
Tu .................................................................................... te, ti, contigo
Ele/Ela ............................................................................ o, a, lhe, se, si, consigo
Nós .................................................................................. nos, conosco
Vós .................................................................................. vos, convosco
Eles/Elas ........................................................................ os, as, lhes, se, si, consigo



  • Os pronomes “o, a, os, as” podem funcionar como objeto direto, já “lhe” e “lhes”como objeto indireto de verbos que exigem a preposição “a”.

Exemplos:

I - Sempre quis aquele caderno, comprei-o hoje.
II - Entreguei-lhe os documentos ontem.

Na frase I, percebemos que “o” substitui “caderno”, que é o objeto direto (complemento do verbo comprar – transitivo direto); nesse caso, “o” exerce a função de objeto direto. Na frase II, “lhe” está no lugar de “a ele” ou “a ela”, exercendo a função de objeto indireto.
Caso tenha dúvida sobre o conceito de verbo transitivo direto e indireto, veja a
postagem desse blog que trata desse assunto:



OBSERVE BEM:


  • Os pronomes “o, a, os, as” serão usados após os verbos terminados em vogal.
Exemplo:
Sabe aquela senhora? Encontrei-a hoje.
Note que o verbo (encontrei) termina em vogal, por isso o uso de “a”
  • Quando o verbo for terminado em M, ÃO ou ÕE, devemos trocar os pronomes “o, a, os, as” por “no, na, nos, nas”, de acordo com a situação.


Exemplo:
Sabe aquele carro? Roubaram-no.
Assim, por mais que pareça estranho, não é correto roubaram–o.
  • Se o verbo terminar em R, S ou Z, estas terminações desaparecem, e o pronome se transforma em “lo, la, los, las”.

Exemplo:
É muito bom ter amigos, quero encontrá-los sempre.
 

Nesse caso, o verbo é ”encontrar” (encontrar ele); ele perde o “r” final e ganha um acento agudo ou circunflexo. Observe que "los" refere-se a "amigos".




Dúvidas? Com o professor em sala de aula!
DÚVIDA ZERO, ALUNO NOTA 10!

sábado, 3 de março de 2012

CINEBLOG - Assista!






Em cartaz, A Lasanha Assassina: Uma Lasanha foi esquecida no interior de um congelador com defeito, a baixa temperatura e os gases do aparelho causaram uma mutação e lhe deram vida, transformando-a em um monstro cheio de revolta! O que poderá deter uma criatura como esta?! Prepare-se para entrar no mundo do terror de uma maneira hilária, "A Lasanha Assassina" é uma sátira cheia de citações ao Cinema de Horror. A história é apresentada por ninguém menos que Zé do Caixão, em sua versão desenho animado.

O filme traz à discussão a forma como consumimos, considerando, principalmente, a prática do desperdício de alimentos, que tem números assustadores em nosso país. 

Leia mais sobre desperdício de alimentos no Brasil:
http://parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/391221/?noticia=DESPERDICIO+DE+ALIMENTOS+E+PREOCUPANTE+NO+BRASIL

 

Diretor : Ale McHaddo
Elenco: Arianne Brogini, Franco Rattichiere, Sofia Kreutz e Zé do Caixão
Produzido em São Paulo 


Prêmios
Melhor Curta de Animação na Academia Brasileira de Cinema 2003
Melhor direção em curta de animação no Cine PE 2003
Melhor Curta no Mostra de Cinema de Tiradentes 2003
Melhor Filme - Júri Popular no Festival de Goiânia 2003
Melhor Animação - Júri Popular no Festival de São Carlos 2002
Melhor Curta de Animação no Festival de Varginha 2003

Clique no link abaixo e assista! 

quinta-feira, 1 de março de 2012

Crônica

Uma redação (dissertação) nota 10!

Observe como esse candidato do ENEM 2007 produziu introdução, desenvolvimento e conclusão:


O valor da diferença

O desafio de se conviver com a diferença na sociedade é complicado, mas necessário. Diante da grande pluralidade cultural e étnica que se choca com frequência no mundo globalizado, é preciso, além de tolerância, respeito incondicional aos direitos humanos.

Diariamente, nos deparamos com pessoas das mais variadas culturas, opiniões e classes sociais. Muitas vezes, são nossos vizinhos, colegas e amigos. Essa convivência enriquece nossas vidas, pois aprendemos a respeitar o nosso próximo, nos tornando pessoas mais fraternas. Porém, nem sempre essa relação acontece facilmente, fatos divulgados pela mídia nos mostram que, para alguns ainda, a simples diferença fenotípica gera discriminação e violência, como no caso do brasileiro que foi confundido com um terrorista em Londres. Ele foi brutalmente exterminado pela policia inglesa por ter feições diferentes da maioria dos britânicos.

Para o bom funcionamento das sociedades, a diferença precisa ser respeitada. Nas relações econômicas internacionais, se lida com diferentes culturas ao menos tempo. Não há espaço para discriminação para quem quer ser competitivo no mercado.



Texto dissertativo-argumentativo


E, agora, veja algumas informações sobre o desenvolvimento de temas propostos em redação:



Confira os temas que já apareceram na redação do Enem (entre 1998 e 2010)

Ano Temática da Redação

2010

O trabalho na construção da dignidade humana
2009 O indivíduo frente à ética nacional
2008 Como preservar a floresta Amazônica: suspender imediatamente o desmatamento; dar incentivo financeiros a proprietários que deixarem de desmatar; ou aumentar a fiscalização e aplicar multas a quem desmatar
2007 O desafio de se conviver com as diferenças
2006 O poder de transformação da leitura
2005 O trabalho infantil na sociedade brasileira
2004 Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação
2003 A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo
2002 O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais que o Brasil necessita?
2001 Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?
2000 Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional
1999 Cidadania e participação social
1998 Viver e aprender

JOGO (SEPARAÇÃO DE SÍLABAS)

Acesse o link abaixo e teste seu conhecimento acerca de separação de sílabas:

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Verbos transitivos e intransitivos

A perfeita comunicação consegue expressar, de forma clara, as ideias contidas nas informações. Nesse caso, é importante lembrar que devemos manter um domínio sobre as palavras que utilizamos, pois nem sempre uma palavra sozinha (ou termo) consegue transmitir  uma  ideia, ela precisa, então, dos demais termos contidos na frase.
Veja: 

  I.  Tenho necessidade de ajuda.
 II. Completei a minha coleção.


Observe na frase I que “de ajuda” auxilia “necessidade”, de modo que a comunicação fique bem clara. Se não houvesse o termo “de ajuda”, poderíamos imaginar muitas outras informações, como, por exemplo, tenho necessidade de atenção, de silêncio, de amizade...
Na frase II, “completei” é auxiliado por “a minha coleção”, mas poderia ser: completei 15 anos, completei os pontos exigidos...

Sabendo disso, veja atentamente a seguinte ilustração; note que utilizamos uma imagem que tenta reproduzir as ruas de uma cidade, onde nos movemos em busca de algo de que precisamos:













Observe que os verbos “comprei” e “conheço” necessitam de complemento; ficaria muito estranho dizer a alguém: “eu comprei” ou “eu conheço” sem falar o que comprei ou o que (ou quem) conheço, facilmente não seríamos compreendidos. Isso ocorre devido à necessidade que alguns verbos e nomes têm de um complemento.

Chamamos de transitivos os verbos que têm essa necessidade; observe, no gráfico acima, que os verbos que fazem as  setas  transitarem em busca de complemento são exatamente os verbos transitivos. Já o verbo “chorei”, no caso aplicado, não tem essa necessidade, ele é intransitivo.  No entanto, verbos tipicamente intransitivos poderão tornar-se transitivos em certas situações. Deve-se sempre analisar a construção do texto:

  • Chorei lágrimas amargas.

Agora, sabendo o significado de verbo transitivo e de verbo intransitivo, veremos que o verbo transitivo (aquele que transita) pode ser direto ou indireto. Observe bem:

                    
        





Observamos que "amar" foi ligado diretamente ao termo "Fortaleza", o que não acontece com "morar" e "precisar", pois no caminho precisam de uma preposição para estabelecer uma comunicação clara e eficiente:

Moro em Fortaleza.
Preciso de ajuda. 

Não teriam sentido "Moro Fortaleza" e "Preciso ajuda". Dessa forma, esses verbos transitivos que precisam de preposição são chamados de transitivos indiretos (não vão direto ao complemento), enquanto os que fazem uma ligação direta são chamados de transitivos diretos.
Também é possível encontrar verbos que precisam de dois complementos: um ligado diretamente e outro ligado indiretamente:

Entreguei os documentos a todos.

Quem entrega entrega algo a alguém. Note que poderíamos dizer "entreguei os documentos" ou "entreguei a ele", dependendo da ocasião; "os documentos" e "a todos" complementam o verbo. "Entregar", então, é um verbo transitivo direto e indireto ao mesmo tempo: há um complemento sem preposição (os documentos) e um com preposição (a todos). Vale lembrar que esses verbos com dois complementos também são conhecidos como verbos bitransitivos.

Observe os verbos nos anúncios abaixo, verifique se os mesmos são transitivos ou intransitivos. Por que eles estão destacados (escritos em tamanho maior)?





Os leitores de tais anúncios são atraídos pelo verbo em destaque (ganhe), que é transitivo. Com a necessidade de completar o sentido do verbo, acabam lendo todo o texto. Com esses exemplos, percebemos que a comunicação que nos cerca segue uma lógica, nada é à toa.

Nas orações seguintes, verifique se os verbos são transitivos ou intransitivos:
Respostas logo a seguir.
 
1. O meu avô lê o jornal todos os dias.
2. A Dulce telefonou aos amigos de Nova Iorque.
3. O Rui ofereceu um relógio à namorada pelo Natal.
4. A minha avó adoeceu subitamente.
5. O Alexandre mentiu à professora de Inglês.
6. A Inês pediu uma explicação ao Bruno.
7. O Miguel desmaiou.
8. A Mariana arrumou o quarto ao irmão.
9. A Ana e a Susana praticam equitação.
10. Os meus pais compraram uma bicicleta à minha irmã.
11. A Sónia emprestou a régua ao Ricardo.
12. O meu tio Armando conhece várias línguas estrangeiras.
13. O programa de recuperação da empresa fracassou.
14. O Francisco enganou os amigos.
15. O Pedro e a Marisa conversaram durante toda a tarde.
16. A Olga escreveu ao namorado.
17. A minha turma visitou o Mosteiro de Alcobaça.


CONFIRA AS RESPOSTAS:

Considere VT: VERBO TRANSITIVO e VI: VERBO INTRANSITIVO



1- VT
2- VT
3- VT
4- VI
5- VT
6- VT
7- VI
8- VT
9- VT
10- VT
11- VT
12- VT
13- VI
14- VT
15- VI
16- VT
17- VT

Observe, entre os transitivos, os diretos e os indiretos. 

Lembre-se de tirar dúvidas com o professor.

DÚVIDA ZERO, ALUNO NOTA 10!

 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

"Clichês" em Redação


Os "clichês" são formas de escrever/comunicar que já são/foram muito utilizadas e que acabam deixando o texto/comunicação com “cara” de muito comum, repetitivo. Lembre-se de que seu texto deve revelar a capacidade que você tem de produzir, jamais de repetir fórmulas prontas e manjadas. Evite os "clichês", portanto. 

Abaixo, seguem alguns exemplos retirados de lingua-agem.blogspot.com:

- Abrir com chave de ouro;
- Antes de mais nada;
- Aparar as arestas;
- A todo vapor;
- Caixinha de surpresas;
- Calorosos aplausos;
- Corações e mentes;
- Do Oiapoque ao Chuí;
- Em nível de;
- Erro gritante;
- Importância vital;
- Inserido no contexto;
- Joia da coroa;
- Uma luz no fim do túnel;
- No fundo do poço;
- Os quatro cantos do mundo;
- Pergunta que não quer calar;
- Preencher uma lacuna;
- Rota de colisão;
- Usina de ideias;
- Nós, brasileiros;
- Nós, seres humanos
- Vitória esmagadora;
- Começar com o pé direito;
- Agradar a gregos e troianos;


"CLICHÊS" GERALMENTE USADOS PARA INICIAR  O TEXTO:
- Desde os primórdios da humanidade...;
- Nos dias atuais...;
- Nos dias de hoje...;
- Atualmente...;
- Indubitavelmente...;
- Para começar...;

- Na minha opinião;
- No meu ponto de vista;

"CLICHÊS" GERALMENTE USADOS  NA CONCLUSÃO DE TEXTOS:
- Conclui-se que...;
- Concluindo...;
- Com base nos fatos mencionados, conclui-se que...;
- Para concluir...;

O "clichê" também pode se apresentar na forma não-verbal, seja no cinema, na fotografia, na novela de televisão, na música... Lembre-se: "clichê" é tudo aquilo que é manjado, gasto pelo uso, "coisa pronta".


Veja como fazer uma excelente redação (texto dissertativo-argumentativo):


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

CINEBLOG - Assista!




Em cartaz, Céu de Iracema, que revela a descoberta do primeiro amor durante uma disputa de pipas, tendo o céu de Iracema (Praia de Iracema) como testemunha. É uma produção de grandes nomes do nosso querido Ceará.

É importante destacar a diferença entre as paisagens mostradas, o lado rico e o lado pobre da cidade de Fortaleza convivendo lado a lado, revelando a desigualdade social existente. 

Clique no link abaixo e assista! 

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