quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Clichês em Produção Textual

Saiba o significado de clichê:

Em redação, chamamos de clichê aquele termo que já foi muito usado; trata-se de um termo gasto, manjado e sem nenhuma originalidade. Além disso, seu uso demonstra pobreza vocabular. Devemos, pois, evitá-los. 

Vejamos abaixo alguns clichês bastante comuns:

- Abrir com chave de ouro
- Antes de mais nada
- Aparar as arestas
- A todo vapor
- Caixinha de surpresas
- Calorosos aplausos
- Corações e mentes
- Do Oiapoque ao Chuí
- Em nível de
- Erro gritante
- Importância vital
- Inserido no contexto
- Joia da coroa
- Uma luz no fim do túnel
- No fundo do poço
- Os quatro cantos do mundo
- Pergunta que não quer calar
- Preencher uma lacuna
- Rota de colisão
- Usina de ideias
- Nós, brasileiros
- Nós, seres humanos
- Vitória esmagadora
- Começar com o pé direito
- Agradar a gregos e troianos

Os clichês abaixo são, geralmente, usados em início de textos:

- Desde os primórdios da humanidade...
- Hoje em dia...
- Nos dias atuais...
- Nos dias de hoje...
- Atualmente...
- Indubitavelmente...
- Para começar...
- Na minha opinião...
- No meu ponto de vista...

Já estes clichês são usados no final de texto, na conclusão:

- Conclui-se que...
- Concluindo...
- Com base nos fatos mencionados, conclui-se que...
- Para concluir...

Sempre que escrevermos um texto, devemos fazer uma revisão final, quando os clichês serão percebidos e retirados. 

Bom estudo!



quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Regra básica da crase

A crase é a junção da preposição A + o artigo A (ou as: plural); também caracteriza crase a junção da preposição A + aquele(s), aquela(s) ou aquilo.

A crase é representada pelo acento grave (`).

Alguns verbos e nomes exigem a preposição A. Por exemplo, quando dizemos que vamos, devemos dizer A qual lugar, ou seja, quem vai vai A algum lugar; o verbo exige, pois, a preposição A.

Se a palavra a seguir (ou a relacionada ao verbo/nome) admitir o artigo A, ou for aquele(s), aquela(s) ou aquilo, teremos crase.

Vejamos:

Vou a(1) a(2) reunião hoje.

(1) representa a preposição exigida por “vou”, e (2), o artigo determinante do substantivo “reunião”.

Logo:

Vou à reunião hoje.

Agora observem:

Sentei próximo à ela.

Nesse caso, está errado o uso do acento grave, pois o pronome “ela” não admite artigo A. Fica “Sentei próximo A ela”, sendo esse A uma preposição exigida pelo termo “próximo”: quem está próximo está próximo A algo, A alguém ou A algum lugar.
A palavra que admite o artigo A pode não vir logo em seguida, pois a ordem dos termos na oração não é fixa:

À Escola retornamos quando o evento terminou.

Quem retorna retorna A algum lugar ou A algo; o verbo exige A. O substantivo “Escola” admite artigo A, daí a crase. É fácil perceber que “retornamos” tem vínculo com “Escola”.

É possível também que a crase ocorra mesmo com a ausência do termo que exige o artigo A:

À proposta do diretor eu disse sim, à do fornecedor disse não.

A segunda crase ocorre porque está implícita a palavra “proposta”, que admite o artigo A, e o verbo dizer deixa presumir que dizemos algo A alguém.  

Outras ocorrências:

Não me refiro a aquela campanha. > Não me refiro àquela campanha.
Quando me refiro, refiro-me A algo ou A alguém.

Não chegamos a aquele assunto. > Não chegamos àquele assunto.
Quem chega chega A algum lugar, A algo ou A alguém.

A Aquilo dirigimos nossa atenção > Àquilo dirigimos nossa atenção.
Quem dirige dirige algo/alguém A algo, A algum lugar ou A alguém.



Em expressões adverbiais femininas, como à noite, à vista, à toa, à tarde, entre outras, é constante o uso do acento grave, sem que haja a contração mencionada acima. Nesse caso, também entra o acento grave na indicação de horas: às 2h, às 11h45...


  

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