segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Tarefas Mínimas

Alunos do 8º e 9º,

Breve vocês terão aqui os links das Tarefas Mínimas, mais um recurso para garantir sua aprendizagem. Já estamos em fase de conclusão.

Aguardem!

Dissertação - SAIBA MAIS

TEMAS DE REDAÇÃO DO ENEM

Temas que levam a uma reflexão crítica e a um obrigatório posicionamento do candidato frente a questões atuais do Brasil e do mundo: eis a tendência geral das provas de Redação do Exame Nacional do Ensino Médio - que se tornou, agora, uma das mais importantes avaliações para o ingresso nas instituições de ensino superior no país. Veja, abaixo, os temas solicitados no ENEM, de 1998 a 2007:


temasdoenem

TESTE 6º ano.

PREDICADO 8º ano




Classificação do Predicado

Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo significativo está num nome ou num verbo. Além disso, devemos considerar se as palavras que formam o predicado referem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. Veja o exemplo abaixo:
Os animais necessitam de cuidados especiais
SujeitoPredicado

O predicado, apesar de ser formado por muitas palavras, apresenta apenas uma que se refere ao sujeito: necessitam. As demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo (necessitar é, no caso, de algo), que assume, assim, o papel de núcleo significativo do predicado. Já em:
A natureza é bela
Sujeito Predicado

No exemplo acima, o nome bela se refere, por intermédio do verbo, ao sujeito da oração. O verbo agora atua como elemento de ligação entre sujeito e a palvra a ele relacionada. O núcleo do predicado é bela. Veja o próximo exemplo:
O dia amanheceu ensolarado
Sujeito Predicado

Percebemos que as duas palavras que formam o predicado estão diretamente relacionadas ao sujeito: amanheceu (verbo significativo) e ensolarado (nome que se refere ao sujeito). O predicado apresenta, portanto, dois núcleos: amanheceu e ensolarado.
Tomando por base o núcleo do que está sendo declarado, podemos reconhecer três tipos de predicado: verbal, nominal e verbo-nominal





Predicado Verbal
Apresenta as seguintes características:
a) Tem um verbo como núcleo;
b) Não possui predicativo do sujeito;
c) Indica ação.
Por exemplo:
Eles revelaram toda a verdade para a filha.
Predicado Verbal
Para ser núcleo do predicado verbal, é necessário que o verbo seja significativo, isto é, que traga uma ideia de ação. Veja os exemplos abaixo:




O dia clareou. (núcleo do predicado verbal = clareou)
Chove muito nos estados do sul do país. (núcleo do predicado verbal = Chove)
Ocorreu um acidente naquela rua. (núcleo do predicado verbal = Ocorreu)
A antiga casa foi demolida. (núcleo do predicado verbal = demolida)

Obs.: no último exemplo há uma locução verbal de voz passiva, o que não impede o verbo demolir de ser o núcleo do predicado.


Predicado Nominal
Apresenta as seguintes características:
a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo;
b) É formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito;
c) Indica estado ou qualidade.
Por Exemplo:




Leonardo é competente.
                       Predicado Nominal

    No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, que desempenha a função de predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito é um termo que caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um verbo de ligação. Os exemplos abaixo mostram como esses verbos exprimem diferentes circunstâncias relativas ao estado do sujeito, ao mesmo tempo que o ligam ao predicativo.Veja:




Ele está triste. (triste = predicativo do sujeito, está  = verbo de ligação)
A natureza é bela. (bela = predicativo do sujeito, é = verbo de ligação)
O homem parecia nervoso. (nervoso = predicativo do sujeito, parecia = verbo de ligação)
Nosso herói acabou derrotado. (derrotado = predicativo do sujeito, acabou = verbo de ligação)
Uma simples funcionária virou diretora da empresa. (diretora = predicativo do sujeito, virou = verbo de ligação)

Predicativo do Sujeito
É o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Todo predicado construído com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito. Pode ser representado por:
a) Adjetivo ou locução adjetiva:
Por Exemplo:




O seu telefonema foi especial. (especial = adjetivo)
Este bolo está sem sabor. (sem sabor = locução adjetiva)

b) Substantivo ou palavra substantivada:
Por Exemplo:




Esta figura parece um peixe. (peixe = substantivo)
Amar é um eterno recomeçar. (recomeçar  = verbo substantivado)

c) Pronome Substantivo:
Por Exemplo:




Meu boletim não é esse. (esse = pronome substantivo)
d) Numeral:
Por Exemplo:
Nós somos dez ao todo. (dez = numeral)





Predicado Verbo-Nominal
Apresenta as seguintes características:
a) Possui dois núcleos: um verbo e um nome;
b) Possui predicativo do sujeito ou do objeto;
c) Indica ação ou atividade do sujeito e uma qualidade.
Por Exemplo:




Os alunos saíram da aula alegres.

Predicado Verbo-Nominal

O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram - verbo intransitivo), que indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres), que indica o estado do sujeito no momento em que se desenvolve o processo verbal. É importante observar que o predicado dessa oração poderia ser desdobrado em dois outros, um verbal e um nominal. Veja:
Os alunos saíram da aula. Eles estavam alegres.

Estrutura do Predicado Verbo-Nominal
O predicado verbo-nominal pode ser formado de:
1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito
Por Exemplo:




Joana partiu contente.
Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito

2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto
Por Exemplo:




A despedida deixou a mãe aflita.
Sujeito Verbo Transitivo Objeto Direto Predicativo do Objeto

3 - Verbo Transitivo + Objeto +   Predicativo do Sujeito
Por Exemplo:




Os alunos cantaram emocionados aquela canção.
Sujeito Verbo Transitivo Predicativo do Sujeito Objeto Direto

Saiba que:
Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração para voz passiva. Veja:
Voz Ativa:
As mulheres julgam os homens insensíveis.
SujeitoVerbo SignificativoObjeto DiretoPredicativo do Objeto
Voz Passiva:
Os homens são julgadosinsensíveis pelas mulheres.

Verbo SignificativoPredicativo do Objeto
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva.

Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição.
Por Exemplo:




Todos o chamam de irresponsável.
Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.) 



FONTE: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint14.php





Orações coordenadas 9º ano




Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas


   De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.
a) Aditivas

   Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência.  As conjunções coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas.
Por Exemplo:



Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.
As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas (também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja:



Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem.
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de reestruturação social do país.

Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua culta a forma "e nem" para introduzir orações aditivas.
Por Exemplo:



Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções.
b) Adversativas
    Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-se:  porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.
Veja os exemplos:



"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se.
Janaína gostava de cantar, todavia não agradava.
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.

Saiba que:
- Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes.
Por Exemplo:



Deus cura, e o médico manda a conta.
Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!"
- A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo.
Por Exemplo:



Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.
c) Alternativas
  Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora...ora, já...já, quer...quer..., seja...seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas.
Exemplos:



Diga agora ou cale-se para sempre.
Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.

Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá".
d) Conclusivas
Exprimem conclusão ou consequência referentes à  oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.
Exemplos:



Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.
O time venceu, por isso está classificado.
Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.

e) Explicativas
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas.
Exemplos:



Vou embora,  que cansei de esperá-lo.
Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.
Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário.

Atenção:
Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas   com  as subordinadas adverbiais causais. Observe a diferença entre elas:
- Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior. 
Por Exemplo:



A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.)
Por Exemplo:



Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique.)
Note-se também  que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.  

FONTE : http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint27.php

Exercícios 

Identifique e classifique nas frases abaixo as orações coordenadas.


1. Classifique as orações coordenadas conforme o código abaixo:

( 1 ) oração coordenada assindética

( 2 ) oração coordenada sindética aditiva

( 3 ) oração coordenada sindética adversativa

( 4 ) oração coordenada sindética alternativa

( 5 ) oração coordenada sindética explicativa

( 6 ) oração coordenada sindética conclusiva

a) Gosto muito de dançar, pois faço “jazz”desde pequenina. (   )

b) Recebeu a bola, driblou o adversário e chutou para o gol. (   )

c) Acendeu o “abat-jour”, guardou os chinelos e deitou-se. (   )

d) Não se desespere, que estaremos a seu lado sempre. (   )

e) Ele estudou bastante; deve, pois, passar no próximo vestibular. (   )

f) Está faltando água nas represas, por conseguinte haverá racionamento de energia. (   )

g) Não me abandone, ou eu sou capaz de morrer. (   )

h) Não é gulodice, nem egoísmo de criança. (   )

i) Ela não só chorava, como também rasgava as cartas com desespero. (   )

j) Choveu muito na região sudeste; no entanto, o rodízio de água começará amanhã. (   )

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

ANIMAÇÃO DE HELENA 9º ANO

RESUMO DE HELENA 9º ANO

RESUMO DE HELENA, Machado de Assis.
Dividido em 28 capítulos, a ação de Helena avança de modo linear: começa com a morte do Conselheiro Vale a abertura de seu testamento e conclui com a morte da protagonista, o desespero de Estácio e o beijo de Camargo em Eugênia, sua filha. Entre um ponto e outro transcorrem os dez meses vividos por Helena no Andaraí, em companhia do irmão, da tia, D. Úrsula, e dos amigos que os visitam, entre os mais íntimos contando-se Camargo e família, Mendonça, por um tempo noivo da heroína, e o Padre Melchior, o conselheiro religioso e sentimental da maioria das personagens.
No espaço do Rio de Janeiro colonial, um homem importante e rico mantém caso amoroso com uma mulher que havia migrado do Rio Grande do Sul e se separara do marido, devido a dificuldades financeiras. A mulher já possuía uma filha, que, mais tarde, foi perfilhada pelo amante rico. Esta filha é Helena. Mesmo sabendo de tudo, ela é recebida no seio da família do amante de sua mãe, já morto, e entra em posse de uma herança considerável. A convivência termina por gerar uma paixão recíproca entre Helena e seu suposto irmão Estácio. O drama de incesto abala as estruturas da família de Estácio e tudo caminha para um final surpreendente.
      Conselheiro vale era um homem rico, e tinha um caso amoroso com Ângela, uma mulher que havia migrado do RS, ela tinha uma filha, Helena. Conselheiro Vale morre, e em seu testamento ele alegava que Helena era sua filha e que ela devia tomar seu lugar na família, todos acreditam nisso, porém Helena sabe que não é verdadeiramente sua filha, mas na sua ânsia de ascender socialmente acaba aceitando isso.
      À princípio, D. Úrsula reage com um certo preconceito à chegada de Helena, mas no decorrer da narrativa ela vai ganhando o amor de D. Úrsula, Estácio porém, era um bom filho, e faz a vontade do pai sem indagar nada. Dr. Camargo acha aquilo um absurdo, pois ele queria casar sua filha, Eugênia, com Estácio para que eles se tornassem ricos às custas do dinheiro de Estácio, e mais um familiar só iria diminuir a parte da herança de Estácio.
      Helena toma seu lugar na família como uma mulher de fibra, uma verdadeira dona de casa, cuida muito bem de sua nova família, dirige a casa melhor do que D. Úrsula o fazia, e impressiona não só a família como toda a sociedade em geral, porque além de ser uma mulher equilibrada como poucas que existiam, era linda, sensível e rica.      
Ao decorrer da narrativa, Helena vai impressionando mais e mais Estácio, e nisso acaba se apaixonando por ela, e ela por ele. Eis aqui o problema central do conflito no livro, de um lado Estácio, se martirizando por se apaixonar por sua suposta irmã, o que era um pecado, e do outro Helena, também apaixonada por Estácio, esta sabia de toda verdade, mas não podia jogar tudo para o alto e ficar com ele, porém, pressionada por Camargo que ameaçava tornar público seus misteriosos passeios matutinos, se ela não empurrar Estácio na direção do enlace com Eugênia. Neste ponto então surge Mendonça, que se apaixona pela heroína e então pede Eugênia em casamento também para tentar esquecer Helena. O Padre Melchior é quem induz Helena a casar-se com Mendonça, cujo cerco à moça era evidente a todos.
      A família possuía uma chácara, e perto dessa chácara tinha uma casa simples, pobre, e Helena costuma a visitar sempre essa chácara, um dia Estácio resolveu seguí-la, e lá conheceu Salvador, e foi tirar satisfações sobre as visitas de Helena, Salvador começou a lhe contar uma grande história, e surpreendeu Estácio ao lhe revelar que Helena era sua filha, não de Conselheiro vale, e toda a História da vida de Helena até ali. Nesse mesmo dia Helena após uma forte chuva fica debilitada, à beira da morte, Estácio, tomado por seu forte amor vai cuidar de Helena e lhe faz essa declaração. Helena, muito doente, morre. Estácio casa-se depois com Eugênia, porém, após a nova releitura do testamento e o casamento, o fato é que os personagens não serão mais os mesmos. Estácio desacreditando do amor e Eugênia casada mais por conveniência. O falecimento de Helena reconduz a ação ao estado inicial: não apenas porque o enredo começa com uma morte, mas também porque, com o desaparecimento dela, tudo retorna à situação anterior à abertura do testamento do Conselheiro. Estácio é de novo o filho único e pode casar com a prometida de infância, Eugênia. 

FONTE http://www.jayrus.art.br/Apostilas/LiteraturaBrasileira/Realismo/Machado_de_Assis_Resumo_de_Helena.htm

LIVROCLIP A MORENINHA 7º ANO

VIDAS SECAS 8º ANO

RESUMO DE VIDAS SECAS

Publicado pela primeira vez em 1938, Vidas Secas é composto por 13 capítulos independentes, que podem ser lidos como contos ou juntos, como um romance.


Os 13 capítulos são:


Mudança
Uma família de retirantes, composta por Fabiano, sinha Vitória (curiosamente, Graciliano Ramos não acentuou a palavra como oxítona, sinhá), dois filhos – o menino mais velho, o menino mais novo –, a cachorra Baleia e o papagaio, foge da seca. Em meio à caminhada, o menino mais velho põe-se a chorar e o pai o xinga, fustigando-o com a bainha da faca de ponta pensando em deixá-lo para trás para morrer. Eram seis viventes, contando o papagaio, porém a fome era tamanha que a ave se transformou em alimento, já que era muda e inútil. Fabiano percebe uma nuvem, aponta-a para a mulher e, chegando ao pátio de uma fazenda abandonada, fixam residência.

"Os infelizes tinham caminhado o dia
inteiro, estavam cansados e famintos."

Fabiano
Fabiano, homem embrutecido capaz de perceber suas limitações, filho e neto de vaqueiros, apossa-se da casa abandonada. Porém, o fazendeiro volta por causa da melhoria do tempo e, depois de expulsar a família, acaba aceitando Fabiano como vaqueiro.

"Você é um bicho, Fabiano. "Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer as dificuldades."

Fabiano sabe que seu nível de rudeza está próximo do mundo animal e percebe que não consegue falar com clareza, apesar de admirar as pessoas que conseguem se expressar, lembrando-se de seu Tomás da bolandeira: "Seu Tomás da bolandeira falava bem, estragava os olhos em cima de jornais e livros, mas não sabia mandar: pedia."

O patrão mostra autoridade descompondo Fabiano, que se desculpava e prometia emendar-se, pois sabia que não podia perder o emprego e que o fazendeiro só precisava mostrar autoridade. Na verdade, sabia que a seca ia chegar, que nem valia a pena trabalhar.

Fabiano tem grandes dificuldades lingüísticas, porém é consciente delas. Seu vocabulário é mínimo, reduzindo-se, às vezes, a sons guturais.

Cadeia
Fabiano vai à feira da cidade para fazer compras, toma pinga e percebe que seu Inácio coloca água em tudo que vende. Sai e senta-se na calçada. Um soldado amarelo bate-lhe no ombro e convida-o para jogar trinta-e-um. Fabiano procura palavras para recusar o convite, porém, como soldado é autoridade, acaba acompanhando-o, joga, perde e sai furioso da sala, contrariando a ordem do soldado que o mandava esperar. O vaqueiro estava pensando numa desculpa para dar à mulher quando o soldado, de repente, empurra-o e planta o salto da botina em cima da alpercata de Fabiano, que solta um palavrão, ofendendo a mãe do soldado. Levado para a cadeia, o vaqueiro apanha muito e, novamente, analisa sua situação de homem- bicho:

"Vivia preso como um novilho amarrado ao
mourão, suportando ferro quente."

Fabiano deseja vingar-se, mas muda de idéia quando pensa na família, considerando que, assim como o patrão, o soldado precisava exercer seu autoritarismo.

Sinha Vitória
Sinha pensa em vender as galinhas para realizar o sonho que tinha havia mais de um ano: possuir uma cama de lastro de couro igual à de seu Tomás, constatando que só faltava a cama para serem felizes. Tem medo de uma nova seca, porém a companhia do marido a faz sentir-se segura.

"Sentou-se na janela baixa da cozinha, desgostosa. Venderia as galinhas e a marrã, deixaria de comprar querosene. Inútil consultar Fabiano, que sempre se entusiasmava, arrumava projetos. Esfriava logo – e ela franzia a testa, espantada, certa de que o marido se satisfazia com a idéia de possuir uma cama. Sinha Vitória desejava uma cama real, de couro e sucupira, igual à de seu Tomás da bolandeira."

Sinha Vitória é mais inteligente que os demais, parecendo ter conhecimento decorrente de outro meio social, controlando as contas e os sonhos de todos.

O menino mais novo
O ideal de vida do menino mais novo é ser igual ao pai, forte e vaqueiro. Sua emoção maior aconteceu quando a cilha arrebentou e o pai, para espanto e entusiasmo do filho, caiu em pé.

"O menino deitou-se na esteira, enrolou-se e fechou os olhos. Fabiano era terrível. No chão, despidos os couros, reduzia-se bastante, mas no lombo da égua alazã era terrível."

No dia seguinte, foi para o bebedouro e, quando o bode chegou para beber, saltou sobre ele, mas os pulos foram tantos que o menino acabou caindo no meio da lama, sob as risadas do irmão mais velho, a reprovação de Baleia e o medo da possibilidade de surra.

O menino mais velho
O menino mais velho sente curiosidade pelo significado da palavra inferno e, sem uma resposta elucidativa do pai, procura a mãe, que aludiu vagamente a um lugar ruim demais. O filho pergunta à mãe se o tinha visto e ela, indignada, aplica-lhe um cocorote. O menino, seguido pela cachorra, sai de casa. A cadela tenta distraí-lo brincando, oferecendo-lhe a amizade que ele tanto procurava.

"Como era possível haver estrelas na terra? Entristeceu. Talvez sinha Vitória dissesse a verdade. O inferno devia estar cheio de jararacas e suçuaranas, e as pessoas que moravam lá recebiam cocorotes, puxões de orelhas e pancadas com bainha de faca."

Os dois irmãos têm sonhos bem distintos: o menino mais novo, ainda encantado, sonha ser igual ao pai e sobressair-se realizando algo; o menino mais velho deseja conhecer o significado da palavra inferno, desvendar a vida e ter amigos. Ambos podem ser considerados sinédoque da criança nordestina.

Inverno
Fazia frio intenso e a família reuniu-se em torno do fogo. Fabiano procura conversar e, por meio de monossílabos e frases sem sentido, tenta contar uma história, mas é interrompido pelo filho que vai buscar lenha. Recomeça a obscura história e é novamente interrompido com uma discussão entre os meninos.

"Baleia, imóvel, paciente, olhava os carvões e esperava que a família se recolhesse. Enfastiava-a o barulho que Fabiano fazia."

Baleia enjoou da história e queria que todos se deitassem para que ela pudesse dormir também. Todos têm medo da tempestade, pois ela é sinal de seca.

Festa
Era festa de Natal na cidade. Todos se sentiam mal nas roupas que não eram normalmente usadas, principalmente incomodados pelos sapatos. Na igreja, os meninos se encantavam com as imagens e as luzes. Fabiano evitava falar com as pessoas da cidade, desconfiado de todos. Na verdade, sentiam-se humilhados em contato com as outras pessoas. Ao terminar a missa, as crianças foram brincar nos cavalinhos, enquanto Fabiano embriagava-se. Baleia desapareceu por momentos, deixando todos preocupados. A festa termina, Sinha Vitória sonha com sua cama de couro e Fabiano tem pesadelos com muitos soldados amarelos.

"Fabiano roncava de papo para cima, as abas do chapéu cobrindo-lhe os olhos, o quengo sobre as botinas de vaqueta. Sonhava, agoniado, e Baleia percebia nele um cheiro que o tornava irreconhecível. Fabiano se agitava, soprando. Muitos soldados amarelos tinham aparecido, pisavam-lhe os pés com enormes reiúnas e ameaçavam-no com facões terríveis."

Baleia
Baleia estava doente, prestes a morrer. Fabiano achou que ela estava com hidrofobia e apressou a morte do animal. Os meninos ficaram inconsoláveis pela perda da irmã e o coração de Sinha Vitória também ficara pesado. Baleia desconfiou das intenções de Fabiano, que acaba acertando-lhe um tiro nos quartos traseiros. Ela foge e, em meio à agonia, misturam-se presente, passado e futuro nos pensamentos dela, sonhando com outro tipo de vida. Não podia entender o porquê da atitude de Fabiano.

"Baleia encostava a cabecinha fatigada na pedra. A pedra estava fria, certamente sinha Vitória tinha deixado o fogo apagar-se muito cedo. Baleia queria dormir. Acordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes."

Baleia era considerada pessoa da família, sensível, fiel, humanizada, enquanto Fabiano animaliza-se e acredita ser bicho em face das condições de vida de um típico retirante. Note que a cachorrinha possui nome próprio e os meninos, não.

Contas
O patrão roubava Fabiano na hora da partilha, obrigando-o a vender seus cabritos por um valor muito pequeno. Sinha Vitória fazia as contas para Fabiano e elas não conferiam com as do patrão.

"Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo."

Um dia, Fabiano reclamou e o patrão mandou-o procurar serviço em outro lugar. Então, o vaqueiro desculpou-se e foi tentar vender um porco magro para cobrir as despesas, mas um fiscal da prefeitura acabou infligindo-lhe um imposto e uma multa pela tentativa de venda.

O soldado amarelo
Em meio à caatinga deserta, Fabiano encontra-se com o soldado amarelo que o havia prendido. Por um segundo passa-lhe pela cabeça a idéia da vingança, pois percebeu que podia dar fim ao soldado com facilidade já que ele tremia acovardado. Fabiano afrouxou-se, pensou que apanhar do governo não é desfeita. O soldado, percebendo a mudança do vaqueiro, perguntou-lhe o caminho e ele, tirando o chapéu, curvado, ensinou-lhe.

"Afastou-se, inquieto. Vendo-o acanalhado e ordeiro, o soldado ganhou coragem, avançou, pisou firme, perguntou o caminho. E Fabiano tirou o chapéu de couro. – Governo é governo. Tirou o chapéu de couro, curvou-se e ensinou o caminho ao soldado amarelo."

O soldado amarelo é símbolo de repressão e do autoritarismo pelo qual é comandado (ditadura Vargas), porém não é forte sozinho; sem as ordens da ditadura, é fraco e acovarda-se diante de Fabiano.

O mundo coberto de penas
O mulungu cobria-se de arribações e era um sinal evidente de que a seca estava voltando, prenúncio de miséria e sofrimento. As aves consumiam a água que mantinha vivos os animais, segundo Sinha Vitória e, no desespero, Fabiano procura abater com a espingarda as aves que pode. Pensou em Baleia, em recordações dolorosas, na covardia, no soldado amarelo, no patrão.

"Se a cachorra Baleia estivesse viva, iria regalar-se. Porque seria que o coração dele se apertava? Coitadinha da cadela. Matara-a forçado, por causa da moléstia. Depois voltara aos látegos, às cercas, às contas embaraçadas do patrão. Subiu a ladeira, avizinhou-se dos juazeiros. Junto à raiz de um deles a pobrezinha gostava de espojarse, suspirou, sentiu um peso enorme por dentro. Se tivesse cometido um erro? Olhou a planície torrada, o morro onde os preás saltavam, confessou às catingueiras e aos alastrados que o animal tivera hidrofobia, ameaçara as crianças. Matara-o por isso."

Era necessário abandonar aquele lugar.

Fuga
A fazenda estava despovoada. Fabiano e a família partem de madrugada em silêncio, deixando para trás o sonho. Sinha Vitória lembra-se de Baleia e chora. Fabiano espera que algo aconteça e reverta a situação, por isso caminha lentamente. Marido e mulher amparam-se e pensam juntos pela primeira vez. Sinha Vitória fala da esperança de dias melhores, cultivariam um pedaço de terra, os meninos iriam para a escola e seriam diferentes dos pais.

"Iriam para diante, alcançariam uma terra desconhecida. Fabiano estava contente e acreditava nessa terra, porque não sabia como ela era nem onde era. Repetia docilmente as palavras de sinha Vitória, as palavras que sinha Vitória murmurava porque tinha confiança nele. E andavam para o sul, metidos naquele sonho. Uma cidade grande, cheia de pessoas fortes. Os meninos em escolas, aprendendo coisas difíceis e necessárias. Eles dois velhinhos, acabandose como uns cachorros, inúteis, acabando-se como Baleia. Que iriam fazer? Retardam-se temerosos. Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada, ficariam presos nela. E o sertão continuaria a mandar gente para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, sinha Vitória e os dois meninos."



Fonte: http://www.livrosgratis.net/resumo-livro/38/vidas-secas-graciliano-ramos.html

SUJEITO 8º ANO

Classificação dos Fonemas



Os fonemas da língua portuguesa são classificados em:

1) Vogais

As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Assim, isso significa que em toda sílaba há necessariamente uma única vogal.

Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser:

a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca.
Por Exemplo:
/a/, /e/, /i/, /o/, /u/.

b) Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
Por Exemplo:

/ã/: fã, canto, tampa
/etilll.gif (126 bytes)/: dente, tempero
/itil.gif (111 bytes)/: lindo, mim
/õ/ bonde, tombo
/util.gif (118 bytes)/ nunca, algum

c) Átonas: pronunciadas com menor intensidade.
Por Exemplo:
até, bola

d)Tônicas: pronunciadas com maior intensidade.
Por Exemplo:
até, bola

Quanto ao timbre, as vogais podem ser:

Abertas

Exemplos:
pé, lata, pó

Fechadas

Exemplos:
mês, luta, amor

Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras.

Exemplos:
dedo, ave, gente

Quanto à zona de articulação:

Anteriores ou Palatais - A língua eleva-se em direção ao palato duro (céu da boca).

Exemplos:
é, ê, i

Posteriores ou Velares - A língua eleva-se em direção ao palato mole (véu palatino).

Exemplos:
ó, ô, u

Médias - A língua fica baixa, quase em repouso.

Por Exemplo:
a

2) Semivogais

Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse caso, esses fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no fato de que estas últimas não desempenham o papel de núcleo silábico.

Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico i não é tão forte quanto ele. É a semivogal.

Outros exemplos:

saudade, história, série.

Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e", "o" ou "m".

Veja:

pães / pãis mão / mãu/ cem /cetilll.gif (126 bytes)i/

3) Consoantes

Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as consoantes sejam verdadeiros "ruídos", incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam ("soam com") as vogais.

Exemplos:

/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.

FONTE:http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono2.php em 23.02.11

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